Ligia Silva: A Resistência das Mulheres Transexuais no Rio Grande do Norte
- por Ligia Silva
- 1 de set. de 2017
- 2 min de leitura
A transexualidade refere-se à condição do indivíduo cujo a identidade de gênero é diferente daquela designada no nascimento. É como acordar num corpo que não é seu. Para adequação dos seus corpos, mulheres Trans fazem um processo hormonal ou caso prefiram a resignação sexual por meio de intervenção cirúrgica. É um doloroso processo de auto aceitação, preconceitos e transfobia, porém Mulheres transexuais no Rio grande do Norte têm feito a diferença.

A não aceitação da família e da sociedade faz com que muitas desistam de viver, de estudar de ter uma vida normal como qualquer outra mulher. Segundo o instituto IPEA em 2015, o RN foi eleito o estado mais perigoso da Região Nordeste para Transexuais. Apesar desses dados superados, ainda existe muito preconceito. Hoje vou contar um pouco da história dessas Mulheres, que pode servir de inspiração para outras Mulheres Trans.

Dávila Medeiros
Caicoense Modelo e Dj, 30 anos. É um fenômeno de Influência digital, na sua conta do Facebook já são mais 51,000 seguidores. É a Mulher Transexual Potiguar com maior destaque na Internet abordando temas LGBT e lutando contra a Transfobia. Porém ela não atua apenas na internet ela faz parte da ong ATRANSPARENCIA-RN e já representou o estado em encontros nacionais.

Rebecka de França
Estudante de Licenciatura em Geografia, natalense, 32 anos. É Presidente da ONG ATRANSPARÊNCIA-RN que atua em favor da comunidade Transexual desde 2012.Sua Ong é de maior importância dentro do estado e tem ajudado e unido muitas mulheres Transexuais.

Thalia Agnys
Caicoense, 37 anos. É formada em História pela UFRN , e atua a 6 anos como Professora. Sua resistência é liderando uma sala de aula, Thalia diz que seus alunos a respeitam, mas infelizmente sempre tem um caso de Transfobia, mesmo assim ela não baixa a cabeça, Thalia é um exemplo de resistência como Professora Trans Potiguar.

Emilly Mel Fernandes
Bacharel em Psicologia, 27 anos. Residente em Natal. A resistência de Emmilly é dentro da Universidade. Ela é Mestranda em Psicologia e recentemente passou para Serviço social. Também é atuante na Ong ATRANSPARENCIA-RN.
A sociedade Norte Riograndense tem que lembrar que essas mulheres não são invisíveis. Elas precisam de nome social, de um plano de saúde direcionado e, principalmente, de apoio da justiça em caso de Transfobia.
A história dessas mulheres pode servir para você, Mulher Trans, que está pensando em desistir dos estudos, de um trabalho, a até da própria vida. Não desista. Inspire-se nessas histórias que não tem nada a ver com meritocracia, mas sim com resistência. Conheça também a Ong ATRANSPARENCIA-RN através de sua página no Facebook: https://www.facebook.com/Atransparencia.RN/
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