"Liguei, mas eles não falaram nada", diz paratleta desrespeitada por motorista da Trampoli
- da Redação
- 10 de mai. de 2017
- 3 min de leitura
Após ser desrespeitada por um motorista da linha M, que faz o percurso Macaíba - Natal, no último dia 04 deste mês, a paratleta Cristhiane Neves afirmou ter entrado em contato com a Trampolim da Vitória, empresa responsável pelo serviço, para fazer a reclamação formal sobre o caso, mas a empresa não se manifestou nem afirmou se vai tomar providências diante do ocorrido. "Liguei, mas eles não falaram nada. Absurdo", comentou a atleta para o Portal O Solar.

O desrespeito ocorreu depois que o motorista do ônibus número 206 da linha M, das 22h horas, não parou na parada do Shopping Midway Mall, na Avenida Bernardo Vieira, em Natal. Segundo a atleta, que teve que correr até a parada seguinte para conseguir pegar o transporte, o motorista respondeu de forma debochada e ríspida à passageira, "só para se o motorista quiser", disse o motorista.
Foto: Heitor Bezerra
Apesar de não ter tido sua reclamação atendida pela empresa, a atleta afirmou que pretende procurar a Promotoria dos Direitos da Pessoa com Deficiência para denunciar o caso. "É uma falta desrespeito, e outra, não temos culpa se eles estão insatisfeitos com o emprego", comentou Cristhiane. Diante do descaso, a paratleta se manifestou através das redes sociais.
Veja o depoimento completo da atleta:
Queria agradecer a Trampolim Da Vitória por ter contratado o motorista do ônibus 206 das 22h linha M, por me mostrar o tipo de profissional que jamais quero ser.
Além de queimar a parada do Midway, passando mais cedo que o previsto, quando consegui chegar na parada da Prudente de Morais (CORRENDO), perguntei ao motorista, "esse ônibus não é o das 22h que tem parada no Midway?", ele me responde de forma debochada e ríspida, "só para se o motorista quiser". Ou seja, além de pagar 4,20 de passagem, os passageiros tem que rezar a deus para que os motoristas cumpram seu trabalho corretamente.
Quando peguei a caderneta para anotar meus dados (pois sou estudante), pedi pra passar a catraca (pois como todos sabem só tenho um braço) e o ônibus em movimento não me dá muita instabilidade, como também era mais seguro pra mim assinar sentada, ele de novo de forma ríspida avisou "NÃO! você só passa quando assinar".
Como ele me negou a segurança de assinar sentada, coloquei minha bolsa no motor do ônibus para me dar apoio pra assinar a caderneta (pois, como todos sabem eu treino e minha bolsa sempre esta pesada), nessa hora ele simplesmente jogou minha bolsa no para-brisa do ônibus, sem se preocupar se tinha algo que quebrasse ou de valor dentro, me mantive calma apesar da minha indignação, vergonha pelo constrangimento que passei, dor de cabeça e febre que estava sentindo, pq só queria chegar em casa cedo para descansar depois de 4 dias doente e que, mesmo doente, venho cumprindo minhas obrigações sem descontar meu cansaço em ninguém.
Não me calei por covardia, mas, como todos sabem, que em Macaíba quem manda são os motoristas, como esse senhor deixou bem claro. Como eu dependo do ônibus para cumprir minhas obrigações, tive que fazer isso momentaneamente.
Amanhã além de fazer a reclamação na empresa, que como todos que conheço que usam o transporte da Trampolim sabem que é inútil, também vou na Promotoria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, pq algo assim não deve se repetir jamais com ninguém.
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