Colunas - Bruno Marinho: Chapecoense
- por Bruno Marinho
- 4 de dez. de 2016
- 2 min de leitura
A morte é substancialmente a situação mais imprevisível que podemos presenciar. Sem ela, talvez, nossa vida não merecesse tanta valorização. Entretanto, mesmo sabendo que a vida tem uma finitude, não a valorizamos, nem sentimos compaixão com as coisas mais simples. Mas essa semana é visto, reportagem após reportagem, a solidariedade e a compaixão que circunda essa humanidade.

Foto: G1
Muitas vezes podemos ser egoístas e pobres de alma, mas algumas situações vem nos mostrar que temos um lado bom que precisa apenas de um estímulo para aflorar, mesmo que esse estímulo seja de tristeza.
O futebol, porém, é a singela representação de que o esporte tem um poder sem igual. É o estímulo que contradiz os dizeres de que "é apenas futebol". Foi esse o esporte que fez o mundo conceder um pouco do seu tempo para homenagear um time do interior de Santa Catarina. Um time que uniu cores, torcidas, times, populações, apenas em prol da tentativa de confortar algumas dezenas de familiares que sofrem na perda de seus entes queridos.
Da ajuda financeira, até mesmo do significativo 1 minuto de silêncio antes de começar uma partida de futebol, foi posto para o mundo ver que o futebol transcende tempo e espaço. Ultrapassa o corpo e adentra n'alma. Contagia até os que não gostam desse mundo da bola.
Nesse dia chuvoso, na Arena Condá, Chapecoense entra na história de tragédias do futebol, mas entra na história de times eternos com seus grandes feitos, debaixo de uma forte chuva. Chuva que serve como um banho, quando saem após o término de um jogo e comemoram a vitória no vestiário. Nesse dia em especial, comemoram em casa a vitória de uma vida de ascensão para a eternidade.
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